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Violência contra idosos deve ser denunciada

20/06/2016

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No Dia Mundial de Conscientização da Violência contra a Pessoa Idosa, celebrado no último dia 15 de junho, a Secretaria estadual da Saúde chama a atenção da população e dos profissionais de saúde para a necessidade de denunciar casos de violência contra idosos.

“Nossa população está vivendo mais e isso demanda a oferta de serviços especializados a esse público, tanto na saúde como na assistência social. E os profissionais dessas áreas devem estar atentos a sinais de violência e estimular a denúncia de maus-tratos”, diz o secretário estadual da Saúde, Michele Caputo Neto.

A secretaria da Saúde promoveu recentemente uma videoconferência em parceria com o Núcleo da Paz e o Conselho Estadual dos Direitos do Idoso (CEDI-PR) para tratar sobre o tema. A reunião foi transmitida para as 22 Regionais de Saúde e atingiu aproximadamente 800 pessoas. Reunindo profissionais da saúde, da assistência social, da educação, dos conselhos municipais dos direitos dos idosos e do judiciário, o objetivo foi sensibilizar e mobilizar profissionais que compõem a rede de proteção social e a sociedade em geral sobre a importância do tema.

“O envelhecimento populacional é uma das mais significativas tendências do século XXI e apresenta implicações importantes para a saúde pública e para todas as políticas sociais”, afirma o psicólogo da área de vigilância de violências e acidentes, Emerson Luiz Peres. Segundo projeções, em 2050 haverá duas vezes mais idosos do que crianças na sociedade brasileira.

O Governo do Paraná trabalha intensamente para garantir o envelhecimento da população de forma saudável e tranquila. “O Estado organiza ações na área de prevenção da violência, na identificação e notificação de casos e no encaminhamento correto das situações de violência contra a pessoa idosa, sempre buscando assegurar um envelhecimento digno e saudável”, esclarece a chefe do Centro de Epidemiologia, Júlia Cordellini. População deve denunciar casos de violência contra idosos

DENÚNCIA
– A população deve estar atenta e denunciar sempre que notar qualquer sinal de violência contra idosos. O alerta é da coordenadora estadual de políticas para a pessoa idosa da Secretaria da Família e Desenvolvimento Social, Cláudia Foltran, ao reforçar o objetivo do Dia Mundial da Conscientização da Violência contra a Pessoa Idosa, lembrado nesta quarta-feira (15). No Paraná há diversos canais de comunicação que recebem denúncias de maus tratos contra pessoas idosas.

O Disque Idoso Paraná, de responsabilidade da Secretaria da Família e Desenvolvimento Social, é o principal deles. “É um canal de comunicação exclusivo para atendimento a situações relacionadas à pessoa idosa, que informa, orienta, recebe denúncias, reclamações e sugestões em relação à garantia de direitos e bem-estar dessa população”, diz Cláudia Foltran.

O Disque Idoso atende todos os municípios do estado pelo telefone 0800 41 0001, de segunda a sexta-feira, das 8 às 17 horas. O serviço recebe, em média, 200 ligações por mês.

DISQUE 181 – Em 2015, para fortalecer as ações de combate à violência contra os idosos, o Disque-Denúncia 181, serviço do Governo do Estado, também passou a receber denúncias. A ligação é gratuita e pode ser feita de qualquer município do estado a qualquer hora, pois o atendimento funciona 24 horas do dia, todos os dias da semana.

Todas as denúncias são encaminhadas ao Ministério Público do município e aos conselhos municipais dos direitos da pessoa idosa.

DADOS – Diferente da denúncia, que é instrumento de qualquer pessoa, a notificação de violências é de responsabilidade do profissional de saúde e também do profissional da assistência social, onde há rede intersetorial implantada. O objetivo é garantir a proteção aos direitos do idoso. “A notificação gera dados para a compreensão do fenômeno e, a partir de uma análise das informações, pode apoiar a gestão pública e subsidiar a elaboração de políticas públicas de prevenção às violências”, informa o psicólogo da SESA.

Das 75.675 notificações de violência interpessoal e autoprovocada registradas entre 2011 e 2015 no Sistema de Informação de Agravos de Notificação no Paraná, cerca de 5,4% eram em pessoas acima de 60 anos. “Ano a ano, percebe-se um aumento de registros (de 4.5% em 2011 para 6,2% em 2015). Isso indica maior sensibilização e atenção ao problema pelos profissionais de saúde”, diz Peres.

O tipo de violência de maior registro é a violência física (33,1%), seguida da violência psicológica ou moral (31,2%) e da negligência ou abandono (19,1%). As idosas são as que mais sofrem violências (60,7% dos registros. Os dados apontam que os filhos são os principais agressores (40,7%) e a residência é o principal local da ocorrência (83,7%).

“Se a família é um importante fator de proteção social para a pessoa idosa ela pode ser também um risco, principalmente quando ao logo dos anos são associados vínculos familiares negativos com a diminuição da capacidade funcional da pessoa idosa”, afirma Emerson.

Fonte: Secretaria de Saúde do Estado do Paraná

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