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Mal de Parkinson

11/02/2009

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Descrita pela primeira vez por James Parkinson em 1817, a doença de Parkinson ou mal de Parkinson é caracterizada por uma desordem progressiva dos movimentos, devido à disfunção dos neurônios secretores de dopamina nos gânglios da base, que controlam e ajustam a transmissão dos comandos conscientes vindos do córtex cerebral para os músculos do corpo humano. Traduzindo: uma falha na transmissão de informações do cérebro para o corpo, que não consegue decodificar tais informações.

 

A doença de Parkinson é caracterizada clinicamente pela combinação de três sinais clássicos: tremor de repouso, bradicinesia e rigidez. Além disso, o paciente pode apresentar também: acinesia (paralisisa nos membros), micrografia (a letra da escrita fica bem pequenina), expressões como máscara, instabilidade postural, alterações na marcha e postura encurvada para a frente. Os sintomas normalmente começam nas extremidades superiores (mãos) e são normalmente unilaterais devido à assimetria da degeneração inicial no cérebro.

 

A clínica é dominada pelos tremores musculares. Estes se iniciam geralmente em uma mão, depois na perna do mesmo lado e depois aos outros membros. Tende a ser mais forte em membros em descanso, como ao segurar objetos, e durante períodos estressantes e é menos notável em movimentos mais amplos. Há na maioria dos casos, mas nem sempre, outros sintomas como rigidez dos músculos, lentidão de movimentos e instabilidade postural (dificuldade em manter-se em pé). Há dificuldade em iniciar e parar a marcha e as mudanças de direção são custosas com numerosos pequenos passos.

 

O doente apresenta uma expressão fechada tipo máscara sem demonstrar emoção, e uma voz monotônica, devido ao deficiente controle sobre os músculos da face e laringe. A sua escrita tende a ser em pequeno tamanho. Outros sintomas incluem depressão e ansiedade, dificuldades de aprendizagem, insônias, perda do sentido do olfato.

 

Também existem evidências de distúrbios nos domínios emocional, cognitivo e psicossocial, destacando-se: depressão, ansiedade; prejuízos cognitivos e olfatórios; e, em particular, a demência na Doença de Parkinson. A incidência de demência na Doença de Parkinson é seis vezes maior do que na população geral, e a prevalência varia entre 10% a 50%. Ela é caracterizada por redução ou falta de iniciativa para atividades espontâneas; incapacidade de desenvolver estratégias eficientes para a resolução de problemas; lentificação dos processos mnemônicos e de processamento global da informação; prejuízo da percepção visuoespacial; dificuldades de conceitualização; e, dificuldade na geração de listas de palavras. O reconhecimento precoce destes sintomas e seu tratamento são fatores cruciais para uma melhor abordagem clínica da doença de Parkinson.

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