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Por Onde Anda - Luiz Gésum Giansante

24/08/2018

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* Texto publicado originalmente em nosso jornal Fator A, edição 39, de julho de 2017.

Nasci na zona rural de Tabatinga (SP), em 25 de agosto de 1953, mas fui criado na zona rural da cidade vizinha de Itápolis (SP). Dos 11 aos 14 anos fui leiteiro e, com o uso de uma charrete, vendia leite na cidade, uma média diária de 100 litros de leite, ordenhados por meus pais, no sitio da família. Ainda muito novo, tinha autorização especial para estudar à noite, pois como citei anteriormente, trabalhava durante o dia. Meus pais eram pessoas muito humildes e, apesar das dificuldades, sempre se empenharam para que eu pudesse estudar.

Com 15 anos nos mudamos para a cidade de Cianorte (PR), também zona rural, onde meus pais compraram um sítio e atuamos como cafeicultores. No ano seguinte nos mudamos para Iporã (PR), próximo a Umuarama (PR), novamente na zona rural, onde atuei também como cafeicultor. Já com 19 anos, deixei a zona rural de Iporã e mudei-me para Umuarama (PR), para cursar o 3º ano de Técnico em Contabilidade, visando validação do meu diploma e continuidade dos estudos, pois naquela época (1973), ainda não tinha curso superior na região.

Meu sonho era de trabalhar no Bamerindus, pois tinha agências em todas as cidades do Paraná, o que facilitaria uma futura transferência, mas não tinha vaga naquele momento, então procurei outras opções. Fui aprovado num concurso para trabalhar no Banco Mercantil de São Paulo, mas no dia combinado para se apresentar ao serviço, antes de iniciar naquele banco, resolvi passar mais uma vez no Bamerindus e, nesta ocasião, tive a felicidade de falar com o contador Leonardo Cazon, que me contratou, na Agência de Umuarama. Trabalhei apenas sete meses e pedi transferência para Curitiba (PR), pois terminei o curso técnico de contabilidade e pretendia continuar os estudos na capital. Em 74, já morando em Curitiba e trabalhando na Agência Urbana João Negrão, fiz cursinho no Colégio Bardal e, no ano seguinte, ano em que também me casei, Iniciei o curso de Economia na Universidade Federal do Paraná, mas infelizmente, por diversos motivos, não consegui concluir o curso.

A Vanda, minha esposa, consciente da importância do banco em nossas vidas, cuidava da casa e das crianças, mas sempre deu total e incondicional apoio e, às vezes parecia também trabalhar no banco, pois foram diversos os anos de viagens, transferências de cidades e até transferências de estados, sempre me acompanhando e me encorajando.

Temos quatro filhos - Vandalis, Junior, Luiz Henrique e Thais -, e eu ficava muito orgulhoso quando, ainda pequenos, com apenas 2 ou 3 anos, ao verem o emblema Bamerindus, diziam: “Este é o banco do pai”. Pois foi assim que eu encarava a empresa na minha vida profissional: “Meu banco”.

Em toda a minha trajetória bancária, passei por diversas cidades e estados, e todas me marcaram profundamente e me proporcionaram uma gigantesca experiência: Umuarama (PR), Curitiba (PR), Paranaguá (PR), Belo Horizonte (MG), Ribeirão Preto (SP) – aonde vivo atualmente - e São Paulo (SP), aonde atuei como Supervisor de Renegociação de Crédito, de 2004 até o meu desligamento, já aposentado, em março de 2008.

Foram muitas as pessoas que marcaram minha carreira, mas, em especial, citarei meus grandes mestres, que permitiram grandes desafios e muito aprendizado: Ênio Ribeiro de Almeida e Claudio Berçani, meus diretores na Diretoria de Serviços; Leonardo Cazon, meu Coordenador na Diretoria de Serviços em Curitiba (PR) e, coincidentemente, também responsável por minha admissão na empresa em Umuarama-PR e Carlos Santana, meu Coordenador na Diretoria de Cobrança, na SWAT TEM, nos meus últimos anos na empresa. Existiram outros mestres e parceiros, também importantes na minha carreira, dentre eles: Silas Fabricio de Mello, Sr. Zanini, Sr. Jair Mocelin, Bonardi, Vilmar Peters, Odair Dutra, Bonardi e muitos outros, impossível de listar todos, que também me apoiaram e me ensinaram.

Tenho boas recordações em todos os tempos e funções da minha vida em Bamerindus, portanto é difícil citar alguém em particular, mas tenho situações a serem mencionadas: o carinho com que fui recebido pelos mineiros e capixabas, quando fui Gerente Administrativo da Regional de Serviços de Belo Horizonte; o mesmo quando fui recebido, pelos paulistas, quando fui Gerente Administrativo da Regional de Serviços de Ribeirão Preto; a forma como sempre fui tratado pelos colaboradores e pessoal das agências, quando atuei na SWAT TEM e, na qualidade de coordenador da Associação Bamerindus, em Belo Horizonte e Ribeirão Preto, impossível não recordar do empenho de parceiros e colaboradores, nos eventos que coordenamos ou participamos.

Meus últimos anos de Banco foram dedicados à área de cobrança e recuperação de crédito e me considero um especialista no assunto, portanto, logo após a aposentadoria, um amigo e grande empresário de Ribeirão Preto, me convocou para trabalhar em sua empresa, na função de gerente financeiro, direcionado para organização do seu fluxo de caixa, da carteira de cobrança e recuperação de crédito. Após 9 meses de trabalho e missão cumprida, solicitei meu desligamento. Também devido a minha experiência na área de cobrança e renegociação de crédito, dei algumas consultorias e conduzi algumas renegociações de dívidas, de empresas e até pessoas físicas e garanto que foram trabalhos de sucesso, mas, realmente não pretendo assumir mais nenhum compromisso profissional e já recusei diversas ofertas, que em outras oportunidades seriam irrecusáveis, mas não quero mais trabalhar.

Recebo os informativos periódicos e vejo notícias e matérias no site, todas de grande importância, principalmente aquelas voltadas para a saúde e bem estar dos associados. Apesar de poucos contatos, conheço a diretoria e administração e apoio, integralmente, os feitos, em favor da classe.

Para cuidar da saúde e nos manter em forma, eu e a Vanda frequentamos, regularmente, uma academia e fazemos hidroginástica. Nossa academia é frequentada por muitos outros idosos e costumam promover pequenos passeios na região e muitas festas de confraternização, portanto, existe ótimo clima de interação entre os frequentadores.

Costumo pegar minha bike uma vez por semana, normalmente no domingo de manhã, quando a ciclofaixa de lazer ainda está livre, e pedalo por 30 Km, em uma hora. Apesar do trecho quase plano é preciso suar muito para atingir este objetivo. Normalmente, dedico a parte da manhã, para minhas atividades físicas, cuidar do meu jardim e piscina, etc..., Na parte da tarde, após uma pequena soneca do almoço, costumo destinar algumas horas em frente ao computador, para ver as notícias do dia, visitar as redes sociais e outras atividades.

Pessoal, a vida não é só trabalho, vocês já trabalharam muito. É preciso muito cuidado e controle, para não gastar mais do que se ganha, mantendo assim a sua independência financeira. Divirta-se, cuide da saúde, brinque com seus netos, brinque com seu computador, curta os amigos, a esposa, suas coisas e os familiares. Não precisa madrugar, levante-se às 7 horas e tenha uma rotina diária, definida e a executar, evitando o tédio buscando a felicidade.

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