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SUCESSO - Novas fronteiras da gestão: Darwin já sabia

26/06/2012

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“O mundo da biologia tem a chave para o imperativo da adaptação”, afirma Christopher Meyer, matemático, economista e autor de diversos best-sellers que defende a convergência entre informação, biologia e negócios. “Enquanto as empresas de hoje lutam com a volatilidade, podem aprender com a natureza lições de adaptação. Não se trata de metáfora, mas de soluções técnicas e abordagens de gestão”.

Em seu livro recorda que quem primeiro chamou a atenção do mundo para a tendência adaptativa e evolutiva da natureza foi Charles Darwin, no século XIX. Em sua Teoria da Evolução das Espécies, ele deixa claro: os mais adaptados sobrevivem às pressões do ambiente.

APLICABILIDADE dos seis princípios de evolução à empresa adaptável:

1. auto-organização
Unidades de tomada de decisão (como as moléculas) se organizam para criar algo mais complexo. A organização deve ser gerida de baixo para cima: “Influencie a regras que afetam escolhas individuais, em vez de o comportamento geral da organização”,

2. recombinação
A biologia recombina os códigos genéticos dos pais e, assim, diversifica as espécies. Essa é a fonte da maioria das inovações na natureza. Pessoas, códigos de software e mercados também devem ser recombinados. “Torne sua empresa um sistema aberto para capturar valor na diversidade.”

3. pressão seletiva
Uma inovação pode ou não trazer vantagem, mas taxas maiores de inovação aumentam a probabilidade de uma espécie adaptar-se. As empresas devem responder às mudanças de imediato e apropriadamente. Além disso, têm de aprender com a experiência.

4. adaptação
Ao longo do tempo, as habilidades de uma espécie evoluem segundo ciclos de recombinação e seleção dos mais adaptados. “Teste as diversas opções e reforce as vencedoras. Realize experimentos; não planeje.”

5. coevolução
Conforme um predador evolui, evolui também a caça para escapar dele. A instabilidade interna é necessária às empresas: “Rompa os elementos estáticos de sua organização”.

6. emergência
A interação entre auto-organização, seleção, adaptação e coevolução faz emergir uma ecologia conectada, “uma economia feita de mercados”, e o resultado dessa dinâmica é imprevisível. Mas “a próxima onda de inovações está na intersecção entre a ciência molecular e a tecnologia”.

A ciência molecular e outros avanços Ao se referir à ciência molecular, Meyer engloba a biotecnologia, a ciência dos materiais e a nanotecnologia, áreas que tiram proveito dos conhecimentos sobre o comportamento das moléculas. É o caso dos nanomanipuladores, capazes de movimentar átomos individualmente para fabricar chips cada vez menores.

Meyer afirma que há outros avanços científicos aos quais o mundo dos negócios deve estar atento: a ciência das redes (explica a forma como crescem e se comportam os sistemas interconectados como a internet), os modelos de simulação de decisões (que ajudam a gerir empresas), a biocomputação (expressa o código biológico como código computacional, como em simulações de órgãos) e os algoritmos genéticos (que traduzem noções de evolução para a matemática).

Parece um futuro distante? Não é. A rede de varejo britânica Marks & Spencer, por exemplo, usa algoritmos genéticos para avaliar as solicitações de cartões de crédito –desde a década passada.

Fonte: Portal HSM - 08/06/2012

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