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Como detectar a depressão

11/02/2009

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A Depressão é uma doença muito difícil de se lidar, tendo em vista que a sua cura é baseada, principalmente, em tratamentos psicólogicos, e não apenas em medicamentos ou outros tratamentos mais objetivos. Os seus próprios sintomas são muito subjetivos: às vezes a pessoa convive com a doença sem saber.

 

Desvendando a doença

 

Há alguns macetes para descobrir se alguém esta depressivo ou não; mas quem deve realmente fazer uma análise é um especialista. Porém, o Nossa Saude vai te dar algumas dicas para descobrir como detecta-se se alguem esta com depressão ou não.

 

Para o diagnostico da depressão é necessária a presença simultanea de 5 (ou mais) dos sintomas listados a seguir por, no mínimo, duas semanas; além de, obrigatoriamente, um dos sintomas tem que ser humor deprimido ou perda do interesse ou prazer: algum desses dois deve estar presente diariamente, na vida do paciente depressivo.

 

Alguns sintomas de depressão:

 

* Sentimentos de inutilidade, culpa ou ruina;
* Pensamentos de morte recorrentes ou idéias de suicidio;
* Sensação de perda de energia ou cansaço extremo;
* Dificuldade de concentração e/ou indecisão;
* Agitação ou prostração;
* Emagrecimento ou ganho de peso;
* Insonia ou excesso de sono.

 


Para que seja caracterizada a doença, é necessário que esses sintomas causem sofrimento ou comprometimento no funcionamento social; não podem ocorer em consequencia dos efeitos diretos de uma substancia – como drogas ou bebidas alcoólicas – e não devem estar diretamente relacionadas ao luto, pois este é um estado momentaneo e natural recorrente à perda de um ente querido.

 

Encarando a doença

 

Muitas vezes, o desenvolvimento da depressão dá-se por alguma grande frustração na vida, que pode ser relacionada à família, ao emprego, ou a vários outros fatores. Com Milene de Freitas foi asim: ela sempre tentou ganhar a vida nos palcos do teatro, porém nunca conseguiu realizar essa experiencia. “Quando era mais nova, eu fiz cursos de teatro, mas a vida acabou me levando para outro lado. Tive que trabalhar cedo, entao acabei abandonando esse sonho”, conta.

 

Mas esse sacrifício necessário trouxe consequencias. “Tornei-me então uma pessoa frustrada: não queria trabalhar, não encontrava um emprego bacana, sofri com isso. Na verdade, eu não tinha razoes para viver mais um dia”, diz Milene. E a depressão era visível. “Por não ter motivos para fazer alguma atividade, comecei a beber. Fui ao fim do tunel, até meu filho eu estava perdendo. Mas agora tracei minha meta: vou trabalhar para juntar um bom dinheiro e ver se realizo meu sonho, que é trabalhar nos palcos”, fala animada.

 

Os casos de luto, que já foram aqui citados, também podem acabar desenvolvendo a depressão: é quando aqueles sintomas persistem apos 2 meses da morte do ente. Foi o caso da aposentada Sebastiana Plantes. Ela perdeu o filho há 20 anos, e logo após o acidente, ela entrou em depressão. “Meu filho era muito novo, tinha 17 anos. Ele morreu afogado. Foi um baque”, conta. “Eu simplesmente não queria mais levantar da cama. Fiquei nesse estado por uns 5 meses, até que conheci meu atual marido, que me deu apoio, força e me ajudou muito naquela epoca”, diz Sebastiana.

 

Tipos de depressão

 

Na realidade, há quatro tipos de depressão, diferenciados pela sua intensidade: a depressão leve, a moderada, a grave e a resistente. A depressão leve é caracterizada pela presença de alguns dos sintomas aqui descritos, mas a peristencia da capacidade de realizar a maior parte das atividades cotidianas. Já a depressão moderada consiste no sofrimento e na dificuldade para a realização das atividades do dia a dia, além de dores em diversos lugares do corpo.

 

Já a forma mais intensa da doenca é a depressão grave: há angustia extrema, que paralisa o indivíduo e o torna incapaz de realizar as atividades do dia a dia; baixa autoestima, idéias suicídas, perda da noção de realidade, dores e delírios. Mesmo sendo a mais intensa e difícil, há tratamentos para as diferentes formas de depressão; há medicamentos que podem acompanhar a pessoa para o resto de sua vida, além de casos em que o paciente curado pode voltar a ter sintomas da doença.

 

Mas existem também alguns casos onde o tratamento não é suficiente, independente se a depressão e leve, moderada ou grave: a resistente. É aquela que não respondeu a uma unica tentativa de tratamento medicamentoso. Ela está relacionada à resposta insuficiente a um ou mais tipos de tratamentos, que foram aplicados de forma correta. Essa depressão pode ocorrer por outros fatores, como a presença de um comportamento bipolar, ou a associação com outras doenças com sintomas semelhantes aos da depressão ou até mesmo alteraçoes da absorcão dos medicamentos – às vezes, o metabolismo do paciente não é bem feito e não há absorção dos nutrientes necessários presentes nos remédios.

 

Mas independente da intensidade do caso, o importante é saber que a depressão precisa ser tratada. Muitos casos, em diferentes intensidades, já foram tratados e curados, ou seja, sempre pode haver cura. Mas acima das dicas aqui citadas, o diagnóstico deve ser feito por um especialista, assim como o seu tratamento. Se voce apresenta algum desses sintomas ou suspeita estar com depressão, procure algum médico.

por Raphael Ramirez

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