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História da Informática no Bamerindus, por Cesar Bastos Alpendre

09/02/2009

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Este é um relato histórico da existência da área de informática no Bamerindus, da qual participei como um protagonista ativo, a qual ajudei criar e a crescer, e é também a minha história profissional. Ele abrange os fatos e pessoas que aconteceram ao longo do tempo, até o momento presente.

Em Junho de 1964 foi inaugurado o Centro Eletrônico de Processamento de Dados do Bamerindus, à av. República Argentina 2953 (fundos). Ali era um conjunto de apartamentos para funcionários que foi improvisado para abrigar o CPD. Este foi criado na estrutura organizacional da empresa CIA. MERCANTIL DE OBRAS E MELHORAMENTOS e a maioria do seu pessoal veio da agência Marechal Floriano.

A administração do CPD era feita pelo Augusto Gonçalves (gerente), Koiti Kawamura, Argemiro Wotroba Jr. e Fortunato Salvalaggio, além do pessoal operacional: operadores de computador, digitadores de cartões perfurados, classificadores e interpretadores de cartões, conferentes e preparadores. Mais tarde foi designado o Dr. Mário Nascimento de Paula Xavier, como diretor, para acompanhar os trabalhos do CPD, dada a importância que ele ia adquirindo no contexto do Bamerindus.

Inicialmente o pessoal foi treinado nos assuntos operacionais de processamento de dados (máquinas, cartões perfurados, etc.) pelo Nereo Bonetto, que pertencia ao quadro de funcionários da Univac. Mais tarde o Nereo ingressou no Bamerindus pela incorporação do Bancial.

Eu era um preparador de documentos (títulos em cobrança), experiência essa já adquirida durante um ano na agência Mal. Floriano. Separava os títulos para serem digitados, codificando-os previamente com as taxas de cobrança, os locais de cobrança, etc.

Naquela época tínhamos um computador UNIVAC-1004, recentemente adquirido da Sperry Rand Corp, que era uma evolução mais moderna (um "neto") do primeiro computador ENIAC desenvolvido pelos pesquisadores americanos J. Mauchly e J. Eckert.



Este computador tinha inicialmente 2 Kbytes de memória (RAM) para manuseio dos dados. O programa era feito em painel de circuitos elétricos, que davam a seqüência de instruções de processamento. O computador tinha também duas leitoras de cartões perfurados, uma perfuradora de cartões e uma impressora (600 lpm).

O processo operacional do CPD consistia em:
•preparação dos documentos a serem digitados em cartão;
•perfuração dos cartões (90 colunas com furos redondos);
•interpretação dos cartões perfurados;
•emissão prévia dos relatórios no computador a partir dos dados contidos nos cartões perfurados;
•conferência dos relatórios;
•classificação dos cartões nas devidas ordens (praça de cobrança);
•emissão final dos documentos (bloquetos de cobrança, carta de remessa, etc.).

Naquela época somente era processado o Sistema de Cobrança e todo o desenvolvimento da programação era feita pelos próprios técnicos da UNIVAC, principalmente pelo Ronald Hershel e mais tarde pelo Nélio Possobom.

Em 1967 fui convidado pelo Sr. Augusto Gonçalves para ser o primeiro programador do computador. Eu tinha acabado de concluir o curso de Economia e tinha agora todo tempo disponível para o trabalho. Fiz um curso de programação Univac-1005 na matriz da UNIVAC em São Paulo, com duração de um mês. Acontece que o assunto do curso já abordava uma nova tecnologia de programação, chamada de programação interna (linguagem Assembler), mas que o nosso computador ainda não tinha instalado. Assim sendo, fiquei mais dois meses fazendo um estágio no Banco Auxiliar, sob a orientação da Univac, para aprender a programação em painel de circuitos elétricos, que era totalmente diferente da que fora ensinada no curso anterior, apesar dos conceitos gerais serem os mesmos.

Após o curso/estágio, passei a montar os programas, sob a orientação dos técnicos da UNIVAC, principalmente do Nélio Possobom. Inicialmente foi o Sistema de Empréstimos (descontos de títulos), que serviram de base para o meu aprendizado em programação de painel. Depois vieram os sistemas de Controle de Imobilizado, Acionistas e alguns outros pequenos sistemas isolados.

Durante este tempo, o desenvolvimento dos programas era bastante complicado, pois exigia grande esforço nos testes do sistema, com dedicação de muitas horas de uso exclusivo de máquina, tempo esse compartilhado com os operadores dos sistemas já em operação. Tinha-se que fazer muita barganha com os operadores e, algumas vezes, prevalecia a autoridade do gerente, na urgência/importância do novo sistema que se estava desenvolvendo. Alguns operadores que eu lembro eram: Nestor Renato Miller, Dálcio Rodrigues, Talme Fonseca, Alberto Takayasu, Rubens Erthal e outros.

Os procedimentos operacionais com os cartões perfurados eram muito primitivos se compararmos com o ambiente de hoje. Os cartões após terem sido perfurados, eram interpretados e classificados (coluna por coluna), e isto demandava bastante tempo e erros, principalmente para se refazer cartões que se destruíam dentro das máquinas. Muitos outros problemas aconteciam, como por exemplo, quando os fios do painel de circuitos se soltavam e eu tinha que reconectá-los (geralmente de madrugada), ou quando os pinos não faziam contacto por estarem tortos. Algumas vezes eu era chamado no Bancial para resolver os problemas de programas que eles eventualmente tinham. Nós tínhamos um bom relacionamento com eles, pois tinham o mesmo tipo de máquina.

Em 1969 o computador UNIVAC-1004 foi transformado para UNIVAC-1005 para ter a capacidade de programação interna (Assembler), linguagem essa objeto do curso que tinha participado, além de sua memória ser ampliada para 4 Kbytes e receber quatro unidades de fitas magnéticas e uma leitora de fita de papel perfurada. Isto foi uma revolução em termos operacionais, pois os programas agora eram executados a partir de um conjunto de cartões perfurados que continham as instruções de máquina e os dados agora podiam ser armazenados em fita magnética. Nesta época (em 02/06/1970) foi criada a BAMERINDUS S.A. PROCESSAMENTO DE DADOS - para abrigar a estrutura do CPD.

Com o uso ininterrupto desses cartões-programa logo eles se deterioravam e tinha-se que ter vários conjuntos substitutos. Foi quando desenvolvi uma forma de facilitar este processo operacional de carga de programas a partir de fita magnética (semelhante a um "Tape Operation System"). Isto deu uma grande velocidade operacional no processo, mesmo porque, naquela época já haviam sido implementados outros tantos sistemas, tais como: Folha de Pagamento, Conta Corrente (a entrada dos dados era feita por fita de papel perfurada na Agência como um subproduto do lançamento contábil nas contas dos clientes), e a máquina já estava ficando "entupida" de serviços.

Neste ínterim, o Ademir Wollmann, que já trabalhava na Univac como técnico de computador e nos prestava serviços de manutenção, foi convidado e ingressou no Bamerindus como programador (o segundo programador).

Paralelo a isto (lá por volta de 1970), o CPD do Rio de Janeiro foi formado para processar os movimentos de Conta Corrente dos clientes do Rio. Foi adquirido um computador IBM Modelo 20, com 8 kbytes de memória e unidades de disco magnético, bem mais poderoso que o nosso UNIVAC. Veio com o computador o sistema de Conta Corrente (desenvolvido pela própria IBM), que mais tarde foi implantado no CPD de Curitiba. O Adherbal Mattos de Vilhena foi designado para gerenciar o CPD-Rio e o Luiz Paulo de Gusmão era o seu programador.




Com a formação do CPD-Rio com máquinas IBM houve uma forte influência na contratação de máquinas IBM para Curitiba, dada a grande demanda de processamento que estava emergindo. Foi então que se adquiriu um computador IBM Modelo 25, com 16 Kbytes de memória e unidades de disco magnético 2311 (além de outros periféricos obviamente), sistema operacional DOS, em "multi-task" (foreground e background). O Adherbal Mattos de Vilhena foi então chamado do Rio para suceder o Augusto Gonçalves na gerência do CPD, lá ficando (no Rio) o Manuel Aranha Alves como gerente.

Para atender a demanda de desenvolvimento/programação de novos sistemas, houve também formação de novos programadores, tais como: Lineu Machado Maia e Jair Euclides Capristo, e todos fizemos os treinamentos/cursos necessários para manipular a nova tecnologia de computador IBM /360. O Lineu e o Jair estiveram fazendo estágio no CPD-Rio, enquanto que eu e o Ademir começamos a fazer as conversões dos sistemas da UNIVAC para a IBM até a sua desativação total, por volta de 1972. Os programadores do Rio (Luiz Paulo de Gusmão e Carlos Alberto da Silva Cunha) também vieram para Curitiba.

Em pouco tempo o novo computador IBM Modelo 25 estava na sua carga máxima, não comportando mais nenhum processamento. Foi então que um novo computador IBM Modelo 40 foi adquirido, este o supra-sumo da tecnologia da época, com 256 kbytes de memória, inicialmente com o sistema operacional DOS e mais tarde convertido para OS/VS1. Além da grande capacidade de memória do novo computador os seus discos magnéticos também eram mais rápidos, com maior capacidade de armazenamento (modelo 2314) e as suas unidades de fita magnética eram bem mais rápidas. Nesta época nós usávamos como linguagem de programação: o Assembler, o Cobol e o RPG.

Mas não foram só os computadores que atingiram a sua carga máxima. O local já não comportava o grande número de profissionais que era exigido, tanto de digitadores, como operadores, conferentes, analistas, programadores e pessoal administrativo. Foi então construído o prédio da av. Pres. Kennedy. Inicialmente era um barracão de zinco, que graças a Deus caiu num vendaval antes de ser inaugurado.

O projeto foi totalmente mudado e se construiu o prédio que está até hoje. Primeiro foi o bloco que dá frente para a av. Kennedy e depois o bloco dos fundos. Nós mudamos em 1973 e neste prédio já foi instalado um novo computador, o IBM Modelo 145 assim como o IBM Modelo 40 foi transferido para este prédio, que em pouco tempo, foi substituído por um outro IBM modelo 145, que também foi substituído pelo IBM Modelo 148, o primeiro computador fabricado pela IBM Brasil.

A conversão dos sistemas de DOS para OS/VS1 foi trabalhosa, mas veio facilitar o controle operacional dos processos, principalmente com um melhor dinamismo e segurança no manuseio de arquivos de dados dos sistemas e ambiente operacional (gerenciamento de memória, "tasks", etc).

Nesta época o CPD se chamava DEPRO e foi incorporado ao BANCO BAMERINDUS DO BRASIL S.A. como um Departamento, e o grupo de profissionais de desenvolvimento (analistas e programadores) já era razoável e passou a ter como gerente o próprio Jair Euclides Capristo. Novos profissionais foram contratados formados, tais como: João Régis da Cruz Neto, Romeu Machado Neto, Luiz Carlos Bittencourt, Raul Mainardi Filho, Assis Rodrigues Ribeiro, Norton Schubert Sampaio, entre outros. Também já existia um grupo de técnicos para dar suporte ao ambiente operacional, que era gerenciado pelo Luiz Paulo de Gusmão.

Em seguida os cartões perfurados (os da IBM eram de 80 colunas) passaram a ser substituídos por Terminais de Vídeo e Diskettes Flexíveis. Os métodos de arquivamento de dados conhecidos eram o Seqüencial, o Indexado Seqüencial e nascendo o VSAM. Em 1974 começou-se a falar em Banco de Dados e Sistemas Gerenciadores de Banco de Dados (IMS da IBM, TOTAL da Cincom e o IDMS da Cullinett) e embarcamos nesta canoa com a formação de um grupo de trabalho (com consultoria da IBM), que culminou com o desenvolvimento do sistema SIP (Informação de Pessoal) em IMS/DB (Banco de Dados Hierárquico) e IMS/DC (Comunicação de Dados), que ficou durante muito tempo (até a década de 90).

Após implantar o sistema de Acionistas (CAC), juntamente com o Luiz Carlos Bittencourt, passei a coordenar o recrutamento e treinamento técnico do departamento, com alocação de analistas, programadores e operadores, com promoção de cursos de formação técnica de informática, inclusive na formação do CAPS (Curso de Análise e Projeto de Sistemas).

Outros CPDs fora de Curitiba foram sendo criados além do Rio, tais como o de São Paulo, Maringá e Cascavel, para processarem principalmente o Sistema de Contas Correntes.

Com a complexidade dos processos administrativos e computacionais, adquiriu-se um método de desenvolvimento de sistemas - PRIDE -, lá por volta de 1977 para facilitar o processo de desenvolvimento e padronização das atividades de análise e programação de sistemas de informação. Nessa época o CPD chamava-se DEPRO (Departamento de Sistemas e Processamento de Dados).

Os computadores IBM Modelo 148 ficaram até 1979, quando foi substituído pelo IBM Modelo 3031, uma nova geração dos computadores dos anos 80, que logo foi substituído pelo IBM Modelo 3033 (no ano seguinte). A IBM Brasil colocou no mercado o Modelo 4341 (de porte médio) que foi contratado em 1981, para ajudar na demanda do processamento.



Novas mudanças aconteceram e o Adherbal Mattos de Vilhena (que foi dirigir o Bamerindus Midland), foi substituído pelo Jair Euclides Capristo na gerência do DEPRO, e o João Regis da Cruz Netto o substituiu na gerência do Desenvolvimento de Sistemas. O Desenvolvimento é desmembrado de fato da Produção, cada um adquirindo "status" de departamento.

Novas linguagens foram aparecendo, principalmente o EASYTRIEVE, que veio trazer uma maior produtividade na programação. Mas os procedimentos computacionais continuavam eminentemente "batch", exceto os do SIP, que foram os primeiros "online". Grandes sistemas continuaram sendo desenvolvidos principalmente o de Cobrança (baseado em IMS/DB), o de Poupança e o de Contas Correntes (ambos baseados em VSAM).

Outras mudanças administrativas aconteceram e o Jair Euclides Capristo deixou o DEPRO para assumir uma GERAG (Gerência Regional de Agências), sendo substituído por José Alberto Mirabile. O Assis Rodrigues Ribeiro assume a gerência do Desenvolvimento no lugar do João Regis da Cruz Netto e este por sua vez assumiu a direção da recém criada Diretoria de Informática. Gerson Luiz Braschi passou a exercer um papel de consultor da diretoria.

A Microfilmagem, criada em 1972, passa a ser dirigida pelo Luiz Roberto Moraes e Silva, e inicia-se uma grande vinculação desta área com o processamento de dados, na microfilmagem dos documentos.

O Suporte Técnico adquire uma maior importância no contexto de apoio ao ambiente operacional e no de desenvolvimento de sistemas, desde a entrada do Cesar Felipe Lima, sucedido pelo Leôncio Saraiva Madruga e depois pelo Roberto Tadeu Duarte de Almeida.

Também foi criada a DBA (Administração de Banco de Dados), sob a coordenação do Ademir Wollmann, e logo fui incorporado à sua equipe (em 1978). Passamos a atuar como projetistas de Banco de Dados (IMS naturalmente) e suporte às equipes de análise e programação. Na década de 80 uma nova geração de grandes computadores foi se sucedendo, desde o Fujitsu M200 (em 1982), passando pelo IBM 3081 (em 1983), o IBM 3084 (em 1984), e um novo Fujitsu M382 (em 1985). Ainda nesta década aparece a geração 90 dos computadores, começando com o IBM 3090 (em 1988) e seguido pelo Fujitsu/Amdahl 5890 (em 1989).

Neste meio tempo o Centro de Informações - CI - é criado pelo Armando Heller e Waldemar Baggio, para dar suporte computacional aos usuários finais, principalmente com o advento do microcomputador (PC e PC-XT). O Dorival Leite teve atuação marcante nesta área.

Para automatização das agências, desenvolveu-se o sistema SCA, apoiado em redes de máquinas Digirrede, conectadas a concentradores regionais (CR) e estes aos "mainframes" dos CPDs. Este projeto foi dirigido pelo Sérgio Límoli. Mais tarde foram agregadas a estas redes as máquinas ATM da própria Digirrede e da Procomp. A Procomp foi criada com financiamento do Bamerindus para construir máquinas exclusivas às nossas necessidades. A Automação das agências foi um marco importante na própria história do Bamerindus, pois colocou a tecnologia dos computadores diretamente nas mãos dos clientes, além de facilitar os processos internos e externos das agências.

Dada a complexidade do IMS, passamos a estudar e selecionar outros Gerenciadores de Banco de Dados que existiam no mercado, e acabamos contratando o ADABAS como um novo gerenciador de Banco de Dados e o Natural como linguagem de programação e manipulação das bases de dados ADABAS (em 1984). Com a entrada do ADABAS/NATURAL em operação, houve uma alavancada de desenvolvimento de novos sistemas, mas agora com características para o ambiente "online". Os sistemas passaram a ser feitos com grande produtividade na codificação da linguagem Natural. Os próprios usuários finais passaram a resolver parte dos seus problemas codificando os seus próprios programas (com o apoio do CI).

As mudanças administrativas continuam e é extinta a Diretoria de Informática com a saída do João Regis. A área de Desenvolvimento é desmembrada, ficando a parte de Sistemas com o Lineu Machado Maia e a área de Racionalização e Métodos com o Paulo Roberto Fylyk. Ambas as áreas ficam subordinadas à Diretoria de Produtos (recém criada e dirigida pelo José Luiz Osti Muggiati). O Assis Rodrigues Ribeiro passa a gerenciar a nova área de Engenharia de Produtos, também ligada a esta diretoria.

A IBM lança novo gerenciador de banco de dados - DB2 - como subproduto do Projeto R (Relacional), baseado nas teorias relacionais do Dr. J. Codd. O Bamerindus adere a este novo gerenciador (em 1988), principalmente para substituir o obsoleto IMS/DB.

Já na década de 90 apareceram os computadores IBM Modelo 9021 (em 1990), o Fujitsu/Amdahl 5995 (em 1991) e mais recentemente o Hitachi 8520 (em 1992), com grande capacidade de processamento, usando a tecnologia ESA e armazenamento de arquivos em memória de "hiper-espaço". Também foram aparecendo ao longo do tempo novos dispositivos de armazenamento de dados de "mainframe" como: unidades de cartucho magnético (isto no final da década de 80), discos magnéticos com memória "cache", impressoras laser, etc.

A parceria com a DRM é desenvolvida (iniciada em 1990) uma nova Metodologia de Desenvolvimento de Sistema de Informação, baseada na teoria da Engenharia da Informação (de James Martin), em substituição a Metodologia PRIDE. Decorrente disso, é criado o Centro de Desenvolvimento - CD, ligado à estrutura da DBA, para dar suporte metodológico e apoio ao desenvolvimento de sistemas. São adquiridas ferramentas CASE (IEW) de apoio à nova Metodologia. Também é adquirido o software TELON como gerador de sistemas no ambiente de "mainframe" (gera COBOL-II), como uma ferramenta "LOWER CASE".

A Software AG lança nova versão do ADABAS (v.5) e nova versão do Natural (v.2), imprimindo novas facilidades aos seus produtos. Estes são implementados no Bamerindus (em 1991).

Novos microcomputadores apareceram em escala vertiginosa, começando com os AT-286, passando pelos AT-386 até os atuais AT-486, assim como os ambientes operacionais DOS, OS/2 e WINDOWS, para estes ambientes. Paralelo a isso, apareceram os minicomputadores de plataformas chamadas "workstations", principalmente para os ambientes operacionais UNIX, de uso departamental. Para estes ambientes apareceram outros gerenciadores de banco de dados e o Bamerindus adquiriu o SYBASE (em 1992) e o gerador de aplicações PowerBuilder para este ambiente. Máquinas departamentais SUN também foram adquiridas nesta época, para aplicar na nova tendência de "downsizing".

As mudanças administrativas mais recentes (Jan/93) fazem com que o Lineu Machado Maia vá para o Bamerindus Cia. de Seguros e seja substituído pelo Norton Schubert Sampaio. O Departamento de Racionalização e Métodos é incorporado com o de sistemas, passando a chamar-se de Processos Computacionais.

Além das pessoas que já citei ao longo deste relato, muitas outras tiveram papel relevante na história da informática no Bamerindus. Entre elas estão algumas da área de Produção tais como: Wilson Schwenning, Cláudio Berçani, Audinir Poitevin, Artur Iorio Jr., Davi Gusmão Vieira, Airton de Santa, Boleslau Bruginski, Carol Lourival Born, Eliseu Burkiewicz, Altair Grittes, Wilson Marques, Luiz Mário Demio, Arilton de Andrade, Rosalino Yoshiro, Carlos Edison Olseman, Silmar Sílvio Kuntze, entre outras, assim como algumas da área de Desenvolvimento, tais como: Newton Kudla Teixeira, Antonio Carlos Simão, Juarez Sant'Anna, José Lisboa dos Santos, Sérgio Luiz Razente, Horácio Tucunduva, Luiz Carlos Valverde, Gilberto Farinhaki Teixeira, Álvaro Woellner, Yara Matsubara, Keli Stoyanow, Djalma Presa, Rui Cesar Rechia, Luiz Antonio Stacheski, Luiz Antonio Trancozo, Paulo Uhlmann, Luiz Fernando Utiyama, João Nelson Bergami, Joe Flávio Ayres de Araújo, Pedro Pereira Maia, Luiz Gustavo Bittencourt de Moura, Mário Valle, Marcos Roberto de Lara, Lauro Rioiti Yoshizawa, Hildebrando de Souza Ribeiro, Valdir Zamproni, Jaqueline Correa Sanson, Fernando Fernandes, Constantino Fernandes de Moraes, Francisco Motta, Marines de Assis Gomes, Geraldo Pires de Alvarenga, Luiz Adalberto de Araújo, Luiz Carlos Gardolinski, Jarbas Rodrigues da Cruz, Suzara Mansur Borrin, Cirley Joly, Rene Lecheta, Fernando Xavier de Lima, Plantina Dias Lípori, Vanderlei Aparecido de Oliveira, José Alfredo Pinton, José Rudnei Maranha, Arnaldo Durão de Paiva, Adão Klisievicz, Maria Cecília Correia, entre outras. Algumas outras pessoas da área de Organização e Métodos também se destacaram, tais como: Roberto Arioso Alexandre, Douglas Jorge Abrão, Clayton Karam, Joseph Luzycki, Jair Ribeiro dos Santos, Carlos Rosa, Ney Manoel Bastos, Waldomiro Moreira, Valdomiro Lopes Gonçalves, José Paulo Carmona, Paulo Cezar Przybyszeski, Dirceu José Costa. A omissão de algum nome não foi intencional e sei que muitos outros também contribuíram e fizeram a história.

E ao longo de todos esses anos convivi com muita gente, aprendi com muita gente e ensinei muita gente. Atuei numa área de suporte ao desenvolvimento de sistemas de informação, e, por conseguinte, continuei ensinando pessoas a serem profissionais competentes às tarefas exigidas pelas funções. Vi e acompanhei o desenvolvimento tecnológico do estado da arte da computação e sempre fui adepto em estar a par das mudanças que foram aparecendo. Vi também muitas pessoas crescerem e progredirem, indo de funções técnicas para gerenciais. A informática tem sido também uma escola formadora de profissionais para outras áreas do conglomerado Bamerindus, pois deu um embasamento de negócios associado à aplicação da tecnologia. É importante que se diga que hoje, mais do que nunca, onde a crise assola a economia do país, o administrador dos negócios tem que estar apoiado em informações seguras e oportunas para vencer a concorrência selvagem. E isto dita a importância da informática nas empresas.

Curitiba, 1993
Cesar Bastos Alpendre

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