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Nem sempre essas manifestações podem ser denominadas alergias, conforme explica o dermatologista Breno Gasparri. Ele esclarece que alergia é a sensibilidade específica a uma determinada substância. No verão, com as altas temperaturas, as alergias a metais se manifestam bastante. Brincos, pulseiras, anéis, colares e até mesmo relógios atacam a pele. “Isso acontece porque o suor aumenta a umidade da pele, fazendo com que sejam liberadas substâncias do metal, provocando a alergia”, diz Gasparri. A falta de umidade da pele no inverno impede que os problemas apareçam.

Outro problema de pele bastante comum no verão é a brotoeja. Segundo explica Gasparri, a brotoeja é ocasionada pela transpiração em excesso. “A umidade não é toda eliminada e fica embaixo da pele, formando pequenas bolhas (vesículas), que podem gerar até mesmo uma infecção”, alerta o dermatologista.

A luz solar, forte no verão, pode desencadear algumas doenças, como a chamada porofiria cutânea tardia, ou seja, bolhas nas áreas expostas, em especial nas mãos. Sensibilidade maior a vegetais e outros tipos substâncias contidas no figo e limão, por exemplo, também são comuns nesta época do ano. Por isso é importante lavar as mãos após fazer a caipirinha, bebida com limão bastante tomada no verão, principalmente se a pele estiver exposta ao sol.

Os chinelos de dedo, a princípio bastante inofensivos, também causam problemas de pele no verão. “É a alergia à borracha. Os pés transpiram muito com o calor”, avalia o médico. Lavar mais vezes ao dia os pés, mantendo-os secos e frescos, pode auxiliar.

Outro dos fantasmas do verão são as picadas de mosquito. O inseto, ao picar a pele, injeta saliva. “O mais adequado nestes casos é evitar coçar a lesão. Se coçar, a saliva do mosquito se espalha e outras feridas aparecem na pele”, alerta o médico.

Para os mais vaidosos, que não saem de casa sem perfume, outro risco se manifesta. As substâncias do perfume, em contato com a umidade da pele e o sol, também podem causar problemas. No meio de tantas sensibilidades aguçadas no verão, é difícil identificar a causa delas. Mas Gasparri diz que muitas dessas alergias são pré-disposições genéticas.

Medidas para aliviar as alergias
Gasparri acredita que o melhor tratamento para esse tipo de problema é baseado em líquidos. “É recomendável colocar soro fisiológico e água boricada, com compressa”, orienta o profissional. Ele diz que pomadas e cremes só devem ser usados na fase menos aguda do problema, quando as lesões já estiverem secas.

Fatores que levam ao surgimento
* Maior exposição da pele aos raios solares;
* Maior sudorese (fator irritante);
* Grande ingestão de sucos artificiais e sorvetes (corantes e aditivos);
* Maior contato com plantas (jardinagem, podas);
* Maior incidência do uso de loções com protetores solares;
* Maior ingestão de frutos do mar (camarão, peixe, siri, etc.);
* Maior índice de picadas de insetos;

Para evitar alergias
• O vento, o sol e a areia, certamente contribuem para a piora de quase todos problemas de pele; aproveite-os com prudência!
• Cuidado com as plantas, elas podem ser causadoras de alergias, principalmente quando a pessoa está suada e exposta ao sol.
• A areia, além de seu poder irritante e cáustico, pode ser transmissora de doenças de vários tipos, como por exemplo, toxoplasmose, larva migrans (bicho geográfico), e outras que, se não tratadas, podem trazer complicações.
• Evite medicamentos tópicos como pomadas, cremes e antissépticos em áreas expostas à luz solar.

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