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TECNOLOGIA - A lógica binária no dia a dia

19/06/2012

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Um dos desafios da Inteligência Artificial (IA) é fazer com que os computadores realizem melhor do que os seres humanos coisas que estes ainda fazem melhor do que as máquinas. Mas até que ponto elas conseguirão ultrapassar a capacidade humana? Como os negócios podem se beneficiar da IA?

Nesta entrevista, o acadêmico Rafael Duarte Oliveira Venancio compartilha sua visão sobre essas questões e alerta: “Muitos ficariam assustados ao perceberem como sua vida é afetada pela inteligência artificial”. Ele ainda salienta que Miguel Nicolelis, palestrante do Fórum HSM Novas Fronteiras da Gestão, é um dos expoentes brasileiros da IA. Venancio é doutorando em Meios e Processos Audiovisuais, mestre em Ciências da Comunicação, especialista em Linguagem Midiática e Produção Audiovisual e autor de quatro livros, entre eles A Linguagem da Massificação (ed. Appris).

De que maneira a IA afeta nosso cotidiano?
Em nossa jornada diária, é difícil estarmos um instante longe da IA, e muitos ficariam assustados ao perceberem como sua vida é afetada por ela. É comum as pessoas pensarem que a IA está apenas em robôs. Quando usamos o email ou as redes sociais, porém, a IA está operando, ajudando o Google ou o Facebook a analisar nosso perfil de usuário. O objetivo é fornecer um serviço melhor ou mesmo anúncios mais bem direcionados. Outra aplicação comum da IA está nas operações com cartão de crédito, nas quais sistemas baseados em AI identificam e previnem furtos e procuram entender melhor os padrões de compra do usuário.

Em que áreas a IA já substitui o julgamento humano?
Na websemântica, que trabalha com os significados de cada dado ou informação na web, isso é evidente. Outros tipos de tomada de decisão realizada pela IA têm a ver com a definição de usuários e a monitoria de ameaças em sistemas digitais.

O que os humanos ainda fazem melhor que os computadores?
Precisamos ter em mente que um computador é apenas um mecanismo seguidor de ordens. Essa é a essência do algoritmo, que é uma sequência de instruções para realizar uma tarefa. Assim, a máquina é desprovida de intencionalidade, consciência e, até mesmo, de criatividade para realizar atividades linguísticas – como mentir, por exemplo. No dia em que conseguirmos colocar essa capacidade nos computadores estaremos no mundo dos replicantes do filme Blade Runner e será impossível distinguirmos humanos de máquinas.

Nesse sentido, as máquinas poderão se equiparar aos humanos ou superá-los?
Em 20 anos, um computador processará melhor que um cérebro humano com QI (Quociente de Inteligência) de 200, mas ele jamais mentirá randomicamente. Isso é mais uma tarefa para biogeneticistas do que designers de sistemas.

Como os avanços na IA impactarão os mercados, seja do ponto de vista das empresas, seja da perspectiva do consumidor?
As empresas estarão cada vez mais dentro do mundo da IA, utilizando algoritmos adequados às análises que necessitam. Em pouco tempo, os consultores de empresas, em vez de humanos engravatados, serão estruturas de lógica binária. O consumidor, por sua vez, nem perceberá a penetração da IA, como já não percebe. No entanto, vivenciará todas as melhorias. A IA já está aí, mas é silenciosa.

Comparando os desenvolvimentos realizados no Brasil com os de outros países, como vê nossa atuação?
As universidades brasileiras possuem excelentes pesquisas e as empresas privadas têm olhar atento a isso. Não posso dizer exatamente como o Brasil caminhará, mas nunca é demais lembrar que é um brasileiro que tende a trazer a evolução mais inovadora na interface máquina-homem: Miguel Nicolelis, o neurofisiologista.

Fonte: Portal HSM Management

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