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Por Onde Anda - Sergio Silbel Soares Reis

17/09/2018

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* Texto publicado originalmente em nosso jornal Fator A, edição 30, de dezembro de 2013
Edição: Raphael Ramirez

“Trabalhar com os companheiros do Bamerindus foi a grande aventura de minha vida”

A gente se aposenta só no papel. Tenho trabalhado menos, mas continuo fazendo consultorias. Assim que saí do banco, fui com a minha mulher passar um tempo em Nova York. Quando estava no aeroporto de Curitiba, recebi uma ligação do presidente da Editora Abril, Roberto Civita, que me convidou para assumir a área de Marketing Institucional do Grupo Abril em São Paulo (SP). Fiquei lá por quase três anos. De lá, fui trabalhar como Secretário de Comunicação para o então Presidente da República, Fernando Henrique Cardoso, em Brasília (DF). Quando retornei a São Paulo, recebi a intimação de um amigo para trabalhar no governo Mário Covas. Um homem brilhante e excepcional de quem fui Secretário de Comunicação do Estado.

Assim que Mário Covas foi reeleito, resolvi voltar para o Paraná. Fui sócio de uma agência de propaganda; trabalhei na Direção de Marketing do Grupo Positivo e da INEPAR. Depois nosso companheiro e amigo João Elísio me convidou para trabalhar com ele na FENASEG no Rio de Janeiro (RJ), e após isto comecei a fazer consultorias para empresas e instituições financeiras. Tenho trabalhado em campanhas políticas, na parte de marketing. Atualmente, o que me encanta e me dá prazer é que, há 22 anos, faço parte do Conselho Deliberativo da ESPM - Escola Superior de Propaganda e Marketing, em São Paulo, com escolas também em Porto Alegre e Rio de Janeiro, hoje com 15.000 alunos, onde encontro velhos e novos profissionais de Comunicação e Marketing.

Eu nasci no Rio de Janeiro (RJ), na Vila Isabel, bairro aonde nasceu Noel Rosa. No início fui sócio de uma agência de consultoria de empresas em São Paulo, na área de Comunicação e Relações Publicas. Nossos clientes eram grandes empresas como a Volks, Nestlé, ANFAVEA, ABRAVE, SAMBRA, Santista, Ultragaz, entre outras.

Éramos quatro sócios, e enquanto ganhávamos pouco dinheiro, sempre nos demos muito bem. Quando começamos a ganhar dinheiro, começaram desentendimentos. E aí eu saí! O que foi ótimo, pois a partir daí eu tive tempo para fazer o curso na FGV, que era de tempo integral. Um aluno do curso, João Milano, que era de Curitiba (PR), me convidou para vir para a capital paranaense. Foi desta maneira que vim para o Paraná, trabalhar no Grupo Olsen, em 1969.

Entrei no Bamerindus em 1970, pelas mãos do Diretor José Carlos Pupo Person, que me conhecia de São Paulo, e quem me apresentou ao querido Tomaz Edison de Andrade Vieira. Na ocasião, marketing não era desenvolvido no Paraná, um assunto pouco conhecido em todo o Brasil. Sendo especialista, fui contratado para instalar o marketing no Banco. O Bamerindus foi o segundo banco a criar essa área, sendo precedido apenas pelo Itaú.

No início contei com ajuda do Clayton Karam. Comecei meu trabalho muito próximo das agências e das regionais com apoio de toda a Diretoria. Tive muito contato com o Antonio Zanini, o Aramis Correia Fernandes, o Ibrahim Fayad, o Basílio Villani, Paulo Gasparotto, Nelson Fanaya, entre outros. Enfim, sempre tive um ótimo relacionamento e recebi apoio de todos.

O seu Avelino era um gênio. Ele era mais do que uma pessoa excepcional. Era muito simples, mas um homem muito firme. Tinha objetivos declarados e visíveis, e os perseguia. Era um homem de visão. Acima de tudo era uma pessoa humana. Este homem cresceu com muito trabalho, e conseguiu fazer com que todos à sua volta trabalhassem com entusiasmo.

Trabalho há quase 60 anos. Posso dizer que o tempo em que atuei no Bamerindus foi o melhor de minha vida! Nos dávamos muito bem. Se tinha alguma picuinha, era algo muito pequeno. Quando entrávamos em campo, era com disposição de ganhar a partida. Éramos muito unidos. Lembro-me de trabalhar bastante com o Jair Mocelin, o homem que conhecia o Brasil na palma da mão; com o José Luiz Muggiati – Diretor de Produtos, com quem criamos a inédita Conta Remunerada Bamerindus, invenção do Marco Jacobsen, que cuidava do Open Bamerindus maior do País.

É muito difícil falar em nomes numa organização de milhares de companheiros, sempre vou esquecer muitos. Mas não posso deixar de mencionar aqueles que trabalharam comigo, como Luiz Aurélio, Luiz Trito, Eloi Zanetti, Reinaldo Martinazzo, Mario Ferraza, Gaspar, e mais Dr. Mathias, Mauro Cezimbra, Dr. Schulmann, Seo Marini, Jose Marcio, Pedro Gomes e tantos outros.

Outra curiosidade interessante é a música da Poupança Bamerindus. Em 86, no interior de São Paulo, tivemos uma onda de boatos estimulada por dois bancos concorrentes, visando nos prejudicar. Foi quando vi o José Eduardo liderar uma ação inteligente e fulminante para acabar com o assunto. No marketing, fizemos uma campanha de poupança que é garantida pelo governo federal. Nasceu assim, aquela música linda feita por Tereza Souza e Walter Santos – “O tempo passa ... O tempo voa ...”. Primeiro veiculamos nas rádios e depois na TV com os Três do Rio. E deu tudo mais do que certo.

Eu e a Leonir nos conhecemos em Curitiba, e estamos casados e felizes há 32 anos. Temos juntos dois filhos, o Bruno Walter e o Felipe. Ela tem sido a minha grande companheira, afinal viver comigo não é fácil. Tenho ainda, do primeiro casamento, três filhos – Patrícia, Sergio Alexandre e Letícia. E cinco netos.

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