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Por Onde Anda - Valdemiro Germano Schmidt
03/10/2018
* Texto publicado originalmente em nosso jornal Fator A, edição 25, de junho de 2012
Edição: Raphael Ramirez
Edição: Raphael Ramirez
O QUE VALE NA VIDA NÃO É O PONTO DE PARTIDA E SIM A CAMINHADA.
CAMINHANDO E SEMEANDO, NO FIM TERÁS O QUE COLHER” (Cora Coralina)
CAMINHANDO E SEMEANDO, NO FIM TERÁS O QUE COLHER” (Cora Coralina)
Iniciei minha vida bancária no Banco Mercantil e Industrial do Paraná S.A, agência Corupá SC em 01/08/63 aos 17 anos de idade. Fui admitido como “auxiliar de serviços”, matrícula 02832 cuja ficha funcional foi assinada pelo “Seo” AVELINO. A carteira profissional foi chancelada por Thomaz Edison. O registro da minha assinatura no Banco foi colhido pessoalmente pelo “Seo” Avelino. Em 1966 fui promovido a “Chefe de Serviços” e transferido para agência de Guaramirim (SC). Em 1967 recebi a incumbência de preparar e organizar administrativamente a agência de Caçador (SC) para ser inaugurada naquele ano. Idêntico procedimento ocorreu para inauguração da agência Criciúma (SC) em 1968, e em 1970 da Agência de Tubarão (SC). Nas três Agências exerci o cargo de Chefe de Serviços. É relevante dizer que nas três inaugurações a presença do “Seo” Avelino foi marcante. No período de 1971 à 1973 exerci a função de Gerente Administrativo em Joinville (SC) e Blumenau (SC). Chefe de Serviços “substituto” e assessor da Diretoria também fizeram parte de minhas atividades. Passaram-se 10 anos de muito trabalho, companheirismo e responsabilidade. Desejo manifestar meus agradecimentos e respeito aos Diretores srs. Estanislau C. Bartzack e José Marcio Peixoto (ambos falecidos), além de Henrique de Souza Padilha e Aramis Corrêa Fernandes. Também cito Claudio Berçani, Alcion Sponholz e João Pedro Scarpín, que contribuíram nos ensinamentos inerentes à função. Bamerindus Corupá por muitos anos foi Agência pioneira e contribuiu na formação e disponibilização de 6 chefes de serviços que serviram ao Banco em várias cidades.
Em 1974 fui promovido à Corad e transferido a Ponta Grossa (PR). Importantes trabalhos em equipe foram realizados, destacando-se a incorporação do Bancial na região. Permaneci até julho de 1975 quando fui transferido à Matriz junto à DIRAD/Derac/Racao, tendo como grandes líderes Basílio Villani e Enio Ribeiro de Almeida. Em companhia de outros colegas, participei de orientação e treinamento para implantação de sistemas computacionais a nível de Agências, dentre os quais: FGTS,DNP,OPG,CET,SBP,CTA, FNBE e C/C. Outras atividades de suporte/ orientação/ apoio às estruturas regionais de Porto Alegre, Passo Fundo, Maringá, Cascavel, Londrina, Rio de Janeiro, Campo Grande, Cuiabá e Goiânia tiveram a minha participação. Em 1983, o Bamerindus adquiriu o Banco Financial. Fui designado para coordenar a incorporação do processo administrativo/operacional junto às Agências. Valiosa colaboração foi exercida pelo colega Anildo Carlos de Souza juntamente com todos os envolvidos no processo. A Área de Serviços Bancários (ASB), liderada por Claudio Berçani, foi fundamental no apoio junto às áreas de Matriz. Trabalho idêntico foi realizado na incorporação do Banco das Nações em 1984. O apoio da estrutura em SP e áreas de Matriz foi fundamental para alcançar os objetivos.
Em julho de 1985 fui promovido e transferido para Fortaleza (CE). Missão: inaugurar e gerenciar o Nurap e incorporar os setores já existentes. Superamos os desafios presentes com o apoio da equipe funcional contratada e interface junto a assessoria da Gerag (Vicente Fiusa). Os meios de transporte deficitários eram os grandes vilões para manter os serviços de rotina em condições favoráveis das Agências subordinadas no CE, MA, PI, RN, PB, PE; porém, o esforço diuturno das equipes/setores foi fundamental.
Em dezembro de 1988 solicitei a transferência à Matriz, viabilizada com o apoio de Enio Ribeiro de Almeida e Claudio Berçani. Fiscalização Bancária – FIBAN foi minha nova casa, cujos titulares Bonardi e Gugelmin foram os responsáveis por uma das melhores fases de minha trajetória no Banco. Com o apoio de novos e antigos colegas de trabalhos, auxiliei na reestruturação dos processos operacionais, sobretudo nas rotinas inerentes a inspeções e controles administrativos. Austeridade, dinamismo, bom senso, profissionalismo, aprendizado constante, traduziam o espírito de equipe liderada pelo mestre Gugelmin. Em 1993 fui transferido para Diretoria de Crédito – Liquidez e Recuperação de Crédito. Com o envolvimento das áreas afins, auxiliei na implantação de sistema operacional de controle e acompanhamento de operações vencidas e de difícil liquidez. Ética profissional e austeridade na análise dos processos eram formalizados com critério para decisão da Diretoria. Conhecimento, companheirismo, dedicação e responsabilidade faziam parte da equipe liderada por Wilson Zaninetti à frente dos trabalhos.
DEZEMBRO DE 1994 – Após 11.465 dias de muito trabalho, conquistas, aprendizado constante, perseverança, lealdade, responsabilidade e certeza do dever cumprido, requisitei a aposentadoria a qual foi concedida em janeiro de 1995. É oportuno agradecer a centenas de colaboradores das estruturas regionais, de matriz, de agências que compartilharam e me ajudaram para juntos construirmos o Bamerindus. Aos Diretores Henrique de Souza Padilha, Aramis Corrêa Fernandes, Enio Ribeiro de Almeida, Silas Fabricio de Melo, Claudio Berçani, Basilio Villani e Antonio Zanini, meus agradecimentos, respeito e apreço.
Dizer que: “EXISTEM MOMENTOS INESQUECÍVEIS, COISAS INEXPLICÁVEIS E PESSOAS INCOMPARAVEIS” é a expressão da verdade e sinceridade.
FAMILIA: Agradeço a DEUS todos os dias pela vida, a saúde, pelos amigos e as graças alcançadas. Compartilhar essa gratidão com a minha esposa Alminda, os filhos Juliana e Anderson, genro Sandro, nora Francine e os netos Ravi e Gabriel, são momentos imensuráveis.
Para concluir, 27 de março de 1997, não poderia ser excluído de minha memória. Um momento de grande emoção quando foi noticiado a aquisição do Bamerindus pelo HSBC. A exemplo de muitos Bamerindianos foi difícil conter as lágrimas e dominar a voz embargada.
Uma nova história do Banco começou a ser escrita e vivenciada a partir da fundação da APABAM - Associação dos Funcionários Aposentados do Bamerindus.
“O PASSADO É HISTÓRIA, O FUTURO É MISTÉRIO E O HOJE É UMA DÁDIVA. POR ISSO É CHAMADO DE PRESENTE”