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Por Onde Anda - Aramys Correia Fernandes
04/10/2018
* Texto publicado originalmente em nosso jornal Fator A, edição 24, de dezembro de 2011
Edição: Raphael Ramirez
Edição: Raphael Ramirez
A partir de abril de 1952,iniciamos a nossa carreira BAMERINDIANA, que começou assim: Saímos da nossa pequena Prudentópolis (SP) para Ponta Grossa (PR) onde estávamos convocados para servir o Exército Brasileiro em Foz do Iguaçu (PR) dentro de pouco tempo, nessa ocasião, encontramos com o Sr. Segismundo Shatecoski nosso conterrâneo que era caixa do Banco Meridional da Produção (recém adquirido pelo nosso saudoso chefe Avelino Vieira) e que no momento estava necessitando contratar novos funcionários, que me fez o convite para que fosse falar com o Gerente Sander, aceitei o convite e fomos juntos até a gerência, nessa conversa ponderei que dentro de pouco tempo deveria ser chamado para prestar o serviço militar, o Sr. Sander nos disse que isto não seria problema porque era amigo pessoal do Comandante do Quartel General Gal. Justino Alves Bastos (figura importante na Revolução Militar de 1964) e que conseguiria encontrar uma solução para a minha transferência para Ponta Grossa, mais tarde isto realmente aconteceu.
Neste mesmo dia iniciei o meu trabalho como Correntista, cujos lançamentos eram efetuados manualmente com “lápis-cópia” nos livros das categorias em que as contas correntes estavam enquadradas (Cs.Cs Sem Limite, Cs.Cs Limitadas, Depósitos Populares, Aviso Prévio, Depósito a Prazo Fixo), com conferência e quadratura realizada através de máquina FACIT diariamente. Restava então compatibilizar a minha vida militar com a de bancário. Depois de algum estudo, esquematizamos a seguinte maneira: serviria o exército no período da manhã (das 6 às 12 hrs) e a tarde no Banco (os Bancos somente faziam expediente das 12 Às 18 hrs), ficou acertado que eu poderia trabalhar desde que fosse fardado, e assim aconteceu durante os 9 meses de caserna, também conseguimos um quarto nos fundos da agência para que pudesse usar melhor o tempo disponível, assim poderíamos trabalhar durante a tarde e a noite o que acabou por abreviar o tempo necessário para conhecer todos os serviços do Banco.
Em 1964 o nosso Presidente Sr. Avelino nos chamou a Curitiba para informar que deveríamos seguir para Cruzeiro D’Oeste, para assumir a Chefia de Serviços na Agência que seria inaugurada pelo seu filho Edison e posteriormente pelo Dr. Mathias. Permanecemos em Cruzeiro D’Oeste até 1956, quando então fomos promovidos como Gerente da Agência de Engenheiro Beltrão depois para Cianorte, Paranavaí, Guarapuava (todas como gerente), quando em 1967 fomos promovidos para Gerente Regional em Cascavel e Maringá e posteriormente como Gerente Geral e Diretor Regional do Bamerindus – Santa Catarina, onde convivemos com grandes colegas Bamerindianos, como Alcion Sponholz (baluarte do BBI nos grandes financiamentos industriais através do FINAME e outras linhas de crédito), Paulo Gasparoto, Djalma, Humberto, Ademar Farias e outros na área do BBB. Em 1978 fomos promovidos a Diretor Regional no BBB Paraná, onde tivemos a oportunidade de conviver novamente com o nosso primeiro Mestre Edison (agora Presidente), Dr. Mathias, Dr. Germano, Zanini, Ferreira, Liebel e outros. Em 1984 completamos 32 anos de serviços Bamerindianos, achamos que era o momento de se aposentar e isto de fato ocorreu. A partir desta data procuramos colocar em prática os inúmeros ensinamentos capitalizados no Bamerindus para desenvolver atividades na nova vida que se iniciava.
Hoje podemos dizer que somos vencedores, pois aos 76 anos ainda na ativa contamos com uma família bem estruturada, com esposa, filhas e netos, independentes e preparados para o dia-a-dia dos tempos atuais. Nós adotamos uma nova atividade “Agropecuária – Florestal”, com negócio realizado dentro das técnicas modernas de produtividade, que nos conduzem a resultados satisfatórios. Tudo isso proporcionado pela experiência e aprendizado que o nosso INESQUECÍVEL BAMERINDUS nos ensinou.